O Nomadismo digital e o surgimento de um novo tipo de minimalismo
Historicamente, o conceito de Nomadismo não é novo. Porém, as nuances [dos movimentos nomádicos] e os contextos [em que ocorre] têm vindo a mutar-se na dita Era do Digital.
Antes de se iniciar a jornada de nomadismo digital, é essencial refletir sobre o que realmente é fundamental adquirir e manter no nosso espólio. Há, neste momento, um conjunto bastante específico de critérios que devemos ter em conta na preparação desta mesma jornada: durabilidade, qualidade, funcionalidade e compactabilidade.
Na Era Digital, um computador, tablet e telemóvel funcionam – em simultâneo – como ferramenta de trabalho, estudo e lazer. Poder-se-á dizer que, a internet é – hoje, o equivalente às estradas para os nómadas antigos. Mais ainda, o guarda-roupa e a alimentação são questões igualmente importantes que devem ser consideradas com grande afinco.
Mais do que uma experiência, embarcar no nomadismo digital é assumir uma atitude e estabelecer hábitos, de vida e das relações inter e intrapessoais que compactuam com a natureza deste novo estilo de vida. Nos dias que correm, o conceito de posse é algo que necessita ser repensado – tanto em termos de aplicabilidade prática, como em termos da natureza da relação que um indivíduo possui para com ela(s). O conceito de destralhar – neste caso concreto a priori da jornada nomádica – é fundamental para definir um padrão.
Muito se tem discutido sobre os impactos – reais – do nomadismo digital. Estes impactos, cada vez mais, assumem-se multidisciplinares e com uma aplicabilidade variada – desde a atividade profissional desenvolvida à alimentação escolhida. E por isso, a decisão de assumir o nomadismo digital como estilo de vida é nada mais do que um posicionamento para com o mundo, as pessoas e nós mesmos.